domingo, 9 de dezembro de 2007

Uso freqüente da maconha pode provocar transtornos

O consumo de maconha pode afetar a saúde mental. Embora os principais sintomas descritos pelos usuários estejam relacionados a sensações de tranqüilidade e relaxamento, efeitos inesperados podem desencadear transtornos psíquicos, principalmente entre indivíduos que apresentam predisposição genética para alguma forma de desequilíbrio mental.
A Associação Brasileira de Psiquiatria - ABP elaborou um documento de revisão, com base em evidências científicas, sobre os efeitos psicoativos e comportamentais do uso da maconha. O assunto será debatido, junto a outros temas, durante o XXIII Congresso Brasileiro de Psiquiatria, que acontece de 12 a 15/10, no Minascentro. Os riscos para a saúde estão relacionados à quantidade e freqüência com que a droga é consumida, segundo o Diretor da ABP, João Carlos Dias.
A combinação entre fatores individuais e a ação da droga é a principal causa dos transtornos mentais associados ao consumo de maconha. “Há uma associação consistente entre o uso de Cannabis e o primeiro surto psicótico em indivíduos jovens”, alerta João Carlos. “O uso aumenta o risco de incidência de esquizofrenia em indivíduos com ou sem outros fatores predisponentes e leva a um pior prognóstico para aquelas pessoas que são mais vulneráveis a um transtorno psicótico.”
Falar em dependência pode soar exagerado para muitos usuários. Mas, entre os pacientes em busca de tratamento no Centro Mineiro de Toxicomania, a maconha é a segunda droga mais consumida, ao lado do crack. “A maioria dos pacientes que nos procuram para tratamento são dependentes de álcool; em seguida, vêm os consumidores de maconha e crack”, afirma a Chefe da Divisão Assistencial da instituição, Maria Wilma Santos de Faria. Ela ressalta, no entanto, que é preciso verificar o tipo de relação que o indivíduo estabelece com a maconha para tratá-lo como dependente. “A intensidade do consumo, muitas vezes, revela o grau de dependência”, explica. “Há casos de uso esporádico e de pessoas que experimentam a droga e não se transformam em dependentes.
Quem desenvolve uma relação compulsiva e começa a recorrer à droga para aliviar sentimentos de angústia e ansiedade, por exemplo, precisa de atenção especial.”
Sofisticação do cultivo tem aumentado a potência da maconha.
Atenção especial não significa, necessariamente, internação clínica. João Carlos afirma que muitos pais tomam medidas desnecessárias, como levar os filhos para clínicas, por falta de informação. “Diante de qualquer indicativo de uso, é preciso estabelecer o diálogo, sem preconceitos, antes de tomar providências. Muitos jovens experimentam e não têm problema nenhum”, afirma. Quadros de depressão podem levantar suspeitas dos pais em relação ao uso de maconha. Segundo João Carlos, “o consumo intenso de Cannabis pode aumentar os sintomas de depressão em alguns usuários. Entretanto, há poucas evidências de associação entre o uso infreqüente e o diagnóstico da doença”.
Os usuários contemporâneos devem estar cientes de que a suposta fonte de paz e amor da geração Woodstock já não é mais a mesma. Nos últimos 20 anos, as modificações no cultivo alteraram a concentração de THC - delta-9-tetrahydrocannabinol, expondo o usuário a doses da substância cerca de 15 vezes mais potentes, fator que pode estar relacionado a síndromes de dependência. “A sofisticação do cultivo da planta com técnicas hidropônicas tem aumentado muito a potência de todos os derivados da Cannabis”, alerta João Carlos.
Fonte:Jornal Estado de Minas - MG

A CONSEQÜÊNCIA


Cérebro nunca esquece a droga, afirma psiquiatra

Especializado no tratamento de dependentes químicos, o psiquiatra argentino Eduardo Kalina, 63 anos, faz um alerta:
o cérebro nunca esquece a sensação provocada pela droga.
Para um dependente químico, a cura exige a abdicação total das drogas, inclusive álcool e cigarro por toda a vida.
"Quem usa drogas quer ser super-homem", diz. Kalina já tratou de paciente famosos como a atriz Vera Fischer e o ex-jogador de futebol Diego Maradona. Ele atua na área há 32 anos. Nos últimos tempos, tem-se dedicado a estudar a depressão, sobre a qual prepara um livro.

Seguem trechos de entrevista à Folha:
Folha: Por que a depressão virou a cabeça do homem moderno?
Eduardo Kalina: Os motivos são muitos. Temos uma crise de vida no mundo atual, que criou desenvolvimento e, em lugar de criar felicidade para as pessoas, criou infelicidade. Tudo isso favoreceu depressões. A forma de viver é cada vez menos humana. O uso de tóxicos, álcool, tabaco, café cocaína, estimulantes, tudo isso favorece a depressão. Um fator que provocou o aumento da depressão é o fato de que vivemos cada vês menos humanamente. Cada vez viramos mais máquinas, porque temos muito ou porque temos pouco. O homem virou cada vez mais máquina, e as máquinas precisam de combustíveis especiais.
Folha: Fale um pouco do tratamento que o senhor utiliza.
Kalina: São tratamentos integrais, com exames de diagnóstico complexo, para estudar o que acontece no cérebro sem produzir danos às pessoas e para saber como está o seu equilíbrio neuroquímico. Fazemos um diagnóstico psicológico e psicossocial. Pacientes com desequilíbrios importantes precisam de medicamentos para compensar esses desequilíbrios, que não se corrigem sozinhos.
Folha: O que o senhor chama de lado psicossocial?
Kalina: O uso de drogas vai contra a natureza humana. A pessoa procura a droga para ser outro, Popeye, super-homem. Além de corrigir o fator biológico, é preciso fazer psicoterapias, trabalhar com a família. Muitos pacientes precisam reaprender a de desenvolver no meio social. Daí a importância do hospital-dia, com estruturas comunitárias.

Folha: O senhor teve pacientes famosos como Vera Fischer e Maradona. Eles se curaram?
Kalina: Não quero falar deles. Quem usou drogas tem que aprender a viver sem drogas, entre os quais o álcool e o tabaco. Pessoas famosas chegam a acreditar que são super-homens ou super-mulheres e não aceitam os limites: não podem tomar nunca mais álcool. Por isso, muitos voltam à droga. Pessoas comuns que têm recaídas são muitas. Quando um famoso tem recaída, todo mundo fala.
Folha: Há cura para a dependência química?
Kalina: A cura significa deixar de tomar drogas de todo tipo, álcool e tabaco, inclusive, e aceitar que o corpo nunca vai esquecer o que aprendeu. Se foi, alcoólatra ou toxicômano, o cérebro não esquece. Por isso, a cervejinha é fatal, porque abre a memória biológica. A pessoa lembra e acorda tudo o que tratamos de limpar. Há cura se você aceita os seus limites.
Folha: O que o senhor acha da descriminação da maconha?
Kalina: Sou contra. As pessoas que defendem isso não se preocupam com saúde pública. Há estudos sobre o poder carcinogenético (causador de câncer) da maconha, que é quatro vezes superior ao tabaco.
Folha: Quem fuma só maconha é dependente?
Kalina: É dependente. Quando a pessoa diz "fumo só maconha", quase nunca é verdade. Ela fuma cigarros, toma álcool e, com o tempo, não basta. É a porta de entrada para as outras drogas. Assim como se dizia antes que a consciência é solúvel em álcool, hoje, diz que a consciência é solúvel em maconha.
Folha: O senhor escreveu sobre jovens. O que diria aos pais, principalmente aos que usaram drogas?
Kalina: O papel da família é não seguir a linha "faça o que eu digo e não faça o que eu faço". Se os pais consomem tabaco, álcool e remédios, não podem pedir que os filhos não procurem soluções químicas. O pai deve dizer ao filho que usou, mas que não há motivo para o filho fazer também.
Folha: O senhor não admite o álcool nem em ocasiões sociais?
Kalina: É preciso saber a diferença. De cada 100 pessoas que bebem, 10 viram alcoólatras. Dos que fumam mais de seis semanas, 60% viram fumantes que não podem parar. A cerveja e o vinho, tomados com moderação, têm efeitos negativos mínimos e certos componentes úteis para a vida. O vinho tem aminoácidos, a cerveja tem vitamina B. O uísque, a cachaça, nada disso tem valor para o organismo.
Maria de Lourdes Garcia Ruiz
Coordenadora do Grupo de Amor Exigente de Marília

FELICIDADE


Persistência

Um homem investe tudo o que tem numa pequena oficina. Trabalha dia e noite, inclusive dormindo na própria oficina. Para poder continuar nos negócios penhora, com muito pesar, as jóias da esposa. Quando apresentou o resultado final de seu trabalho a uma grande empresa, disseram-lhe que seu produto não atendia ao padrão de qualidade exigido.
O homem desistiu? Não!
Volta para a escola por mais dois anos, sendo vítima de grande gozação por parte de seus colegas, e de alguns professores que o tachavam de "visionário".
O homem ficou chateado? Não!
Após dois anos, a empresa que o recusou finalmente fecha contrato com ele, porém, durante a guerra, sua fábrica é bombardeada duas vezes, sendo que grande parte dela foi destruída.
O homem se desesperou e desistiu? Não!
Reconstrói sua fábrica mas, um terremoto novamente a arrasa. Essa é a gota d água.
O homem desistiu? Não!
Imediatamente após a guerra segue-se uma grande escassez de gasolina em todo o país, e este homem não pode sair de automóvel nem para comprar comida para a família.
Ele entra em pânico e desiste? Não!
Criativo como de costume, ele adapta um pequeno motor à sua bicicleta, e sai às ruas. Os vizinhos ficam maravilhados e todos querem também as chamadas "bicicletas motorizadas". A demanda por motores aumenta muito, e logo ele fica sem mercadoria. Decide então montar uma fábrica para essa novíssima invenção. Como não tinha capital, resolveu pedir ajuda para mais de quinze mil lojas espalhadas pelo país. Como a idéia é boa, consegue apoio de mais ou menos cinco mil lojas, que lhe adiantam o capital necessário para a indústria.
Encurtando a história: hoje a Honda Corporation é um dos maiores impérios da indústria automobilística japonesa, conhecida e respeitada em todo o mundo.
Tudo porque o sr. Soichiro Honda, seu fundador, não se deixou abater pelos terríveis obstáculos que encontrou pela frente.
Portanto, se você vive hoje momentos difíceis, como quase todo o mundo, não se deixe desanimar e persista. A vida reserva um prêmio maravilhoso para aquele que persiste, que tem fé, e que não se deixa abalar pelo desânimo. O que sabemos é uma gota. O que ignoramos é um oceano. E se mesmo depois de uma vida inteira de persistência, você não conseguir desfrutar do conforto material desejado, saiba que conquistou algo muito maior, muito mais duradouro do que os tesouros da terra. Você conquistou um dos tesouros do coração e que chamamos de "virtude".
Pense nisso!
A marcha do tempo é inexorável.
De qualquer forma as horas se sucedem. Utilize-as de maneira digna, mesmo que a peso de sacrifícios.Tudo na vida constitui convite para o avanço e a conquista de valores, na harmonia e na glória do bem.

Revolução da Alma

Ninguém é dono da sua felicidade, por isso não entrega tua alegria, tua paz ou tua vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém.
Somos livres, não pertencemos a ninguém e não podemos querer ser donos dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja.
A razão da tua vida és tu mesmo. A tua paz interior é a tua meta de vida; quando sentires um vazio na alma, quando acreditares que ainda está faltando algo, mesmo tendo tudo, remete teu pensamento para os teus desejos mais íntimos e busca a divindade que existe em ti.
Não coloca tua felicidade cada dia mais distante de ti. Não coloca o objetivo longe demais de tuas mãos, abraça os que estão ao teu alcance hoje.
Se andas desesperado por problemas financeiros, amorosos, ou de relacionamentos familiares, busca em teu interior a resposta para acalmar-te.
És reflexo do que pensas diariamente. Para de pensar mal de ti mesmo e sê teu melhor amigo sempre.
Sorrir significa aprovar, aceitar, felicitar. Então, abre um sorriso para aprovar o mundo que te quer oferecer o melhor. Com um sorriso no rosto, as pessoas terão as melhores impressões de ti; e tu estarás afirmando para ti mesmo, que estás "pronto“ para ser feliz. Trabalha, trabalha muito a teu favor.
Para de esperar a felicidade sem esforços. Para de exigir das pessoas aquilo que nem tu conquistaste ainda.Critica menos, trabalha mais. E, não te esqueças nunca de agradecer.
Agradece tudo que está em tua vida neste momento, inclusive a dor. Nossa compreensão do universo, ainda é muito pequena para julgar o que quer que seja na nossa vida.
A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las.
(Aristóteles, filósofo grego, 360 A.C.)

sábado, 1 de dezembro de 2007

A DEGRADANTE TRAGETÓRIA DOS VÍCIOS





MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Por razões de brevidade não discutiremos as manifestações clínicas determinadas por cada droga ou grupo de drogas. Limitar-nos-emos a apresentar aqui a classificação geral utilizada pelos psiquiatras, através de um manual de diagnósticos chamado DSM-IV, para os distúrbios relacionados com substâncias.
De acordo com a presente edição do DSM (Diagnostic and Statistic Manual), os distúrbios relacionados com substâncias dividem-se em dois grupos:
Os distúrbios por uso de substâncias
Dependência de substâncias
Abuso de substâncias
Distúrbios induzidos por substâncias
Intoxicação por substâncias
Privação de substâncias
Delírio (delirium) induzido por substância
Demência persistente induzida por substância
Distúrbio amnéstico persistente induzido por substância
Distúrbio psicótico induzido por substância
Distúrbio afetivo induzido por substância
Distúrbio de ansiedade induzido por substância
Disfunção sexual induzida por substância
Distúrbio do sono induzido por substância
Os critérios DSM-IV para abuso e dependência de substâncias são apresentados nas tabelas seguintes
Critérios DSM-IV para abuso de substâncias
A. Padrão desadaptativo de uso de substância levando a comprometimento ou sofrimento clinicamente significativos, manifestado por um ou mais dos seguintes itens, ocorrendo dentro de um período de 12 meses:
1. Uso recorrente da substância resultando em fracasso no preenchimento de expectativas no trabalho, escola ou lar (por exemplo: repetidas faltas ao trabalho ou desempenho deficiente relacionados ao uso de substâncias; faltas, suspensões ou expulsões da escola relacionados com substâncias; negligência dos filhos e das atividades domésticas)
2. Uso recorrente da substância em situações perigosas (por exemplo: dirigir automóvel, operar máquinas, estando prejudicado pelo uso de substâncias).
3. Problemas legais recorrentes relacionados com o uso de substâncias (por exemplo: prisões por conduta imprópria relacionadas a substâncias).
4. Uso continuado de substância apesar de problemas sociais ou interpessoais, persistentes ou recorrentes, causados ou exacerbados pelos efeitos de substância (por exemplo: discussões com o conjugue sobre as conseqüências da intoxicação, brigas).
B. Os sintomas nunca satisfizeram os critérios para dependência a substância para esta classe de substância.
Critérios DSM-IV para dependência de substâncias
1. Tolerância - Definida por um dos dois seguintes:
1a. Necessidade de quantidades marcadamente aumentadas da substância para alcançar intoxicação ou o efeito desejado.
1b. Efeito marcadamente diminuido com o uso continuado da mesma quantidade de substância.
2. Síndrome de abstinência manifestada por:
2a. Síndrome de abstinência característica para a substância
2b. A mesma substância, ou outra semelhante, são usadas para aliviar ou prevenir os sintomas da abstinência.
3. A substância é freqüentemente tomada em quantidades maiores ou por períodos de tempo superiores ao que era.
4. Há desejo persistente ou esforços fracassados de cortar ou controlar o uso da substância
5. Uma grande quantidade de tempo é gasta com atividades necessárias a obter a droga, a usa- la ou a recuperar-se de seus efeitos.
6. Abandono ou redução de atividades sociais, profissionais ou recreativas importantes devido ao uso da substância.
Padrão desadaptativo de uso de substâncias, levando a comprometimento ou sofrimento clinicamente significativos, manifestado por três ou mais dos seguintes itens, ocorrendo em qualquer momento de um mesmo período de 12 meses:
O uso da substância é continuado, apesar do conhecimento de ter um problema físico ou psicológico, persistente ou recorrente, que, provavelmente, foi causado ou piorado pela substância.
Especificar se:COM DEPENDÊNCIA FISIOLÓGICA : Evidência de tolerância ou abstinência, isto é, presença do item 1 ou 2SEM DEPENDÊNCIA FISIOLÓGICA : Sem evidência de tolerância ou abstinência, isto é, nem o item 1 nem o item 2 estão presentes.
FONTE

BEBEU COM OS AMIGOS











Porque usar drogas?

Mas por quê os intoxicantes são tão procurados? Quais as razões que levam as pessoas a utilizá-los?

A nosso ver podem ser enquadradas em quatro grupos básicos:

1. Para reduzir sentimentos desagradáveis de angústia e depressão. Estes sentimentos seriam :
Gerais, decorrentes da própria condição humana. A angústia do ser humano diante da vida foi muito bem descrita pelos filósofos da corrente existencialista. Para eles o ser humano, sem saber porquê e para que, é jogado no mundo hostil ou indiferente.
Durante sua vida o ser humano é permanentemente ameaçado pelo aniquilamento, confrontado com o absurdo, tendo apenas uma certeza em relação ao seu futuro - a sua inevitável morte, que ocorrerá em data e condições desconhecidas. De acordo com os conceitos existencialistas poderíamos, pois, definir a vida como uma aventura trágica, absurda e ilógica, que sempre termina em morte.
Considerando a situação existencial do homem alguns autores afirmam que não é de se estranhar que ele se angustie e sim que ele se angustie tão pouco.
Específicas, próprias de cada indivíduo - originadas por experiências traumáticas ou condições patológicas. Constituiriam exemplos o uso de drogas por veteranos de guerras ou por pessoas com fobia social ou depressão.

2. Para exaltar sensações corporais e provocar gratificações sensoriais de natureza estética e, especialmente, eróticas. Dizem os usuários de drogas que a música soa melhor, as cores são mais brilhantes e o orgasmo se torna mais intenso, durante o uso de sua droga preferida.

3. Para aumentar rendimentos psicofísicos, reduzindo sensações corporais desagradáveis, como dor, insônia, cansaço ou superando necessidades fisiológicas como o sono e a fome. Durante o império Inca a folha de coca era mascada por mensageiros e carregadores para aumentar sua resistência e velocidade.
É freqüente o uso de anfetaminas por choferes de caminhão que desejam encurtar a duração de suas viagem.
Um exemplo curioso foi o caso de um psicopata, visto por um de nós, internado por intoxicação anfetamínica. Empregado de um traficante de drogas, este rapaz passara a usar os anfetamínicos para permanecer mais tempo acordado e poder vender mais drogas, ganhando assim o reconhecimento de seu chefe.
Dores crônicas e insônia persistente constituem causas bem reconhecidas de abuso de analgésicos e hipnóticos diversos.

4. Como meio de transcender as limitações do corpo e o jugo da espaço-temporalidade, unindo-se à realidade por trás de todos os fenômenos ou, mais limitadamente, a alguma entidade espiritual qualquer, capaz de conferir-lhe, pelo menos temporariamente, poderes especiais. São bem conhecidos os relatos de uso de cactos e fungos por diversas nações indígenas, em ocasiões especiais, como uma forma de unir-se a seus deuses ou antepassados. Também documentados estão o uso de drogas pelos shamans durante suas atividades curativas e a ingestão de álcool por médiuns possuidos por entidades espirituais nos rituais de cultos afroamericanos. Comumente nestes casos o uso das drogas faz-se somente em situações bem definidas, culturalmente aceitas e reconhecidas, não comprometendo o desempenho social das pessoas. Por outro lado, muitos usuários de drogas, como por exemplo alguns hippies dos anos 60, procuraram em drogas diversas (principalmente alucinógenos) um substituto para experiências religiosas. Ao longo da história da humanidade diversos agentes farmacológicos tem sido utilizados com finalidades intoxicantes. Incluem-se neles extratos vegetais, produtos de fermentação e, mais modernamente, diversas substâncias sintéticas.
fonte

Programa de 12 passos

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O programa de Doze Passos (twelve-step program) é um programa criado nos
Estados Unidos em 1935 por William Griffith e Doutor "Bob" Smith, inicialmente para o tratamento de alcoolismo e mais tarde estendido para praticamente todos os tipos de dependência química. É a estratégia central da grande maioria dos grupos de auto-ajuda para o tratamento de dependências químicas ou compulsões, sendo mais conhecidos no Brasil os Alcoólicos Anônimos (e grupos relacionados como Al-Anon/Alateen, voltados às famílias de alcoólatras) e Narcóticos Anônimos. Críticos ao método defendem que trata-se de uma doutrinação religiosa e que o método não tem eficácia superior à esperada sem ele. Há um excelente artigo de Gregory Bateson "A cibeernética do self", no qual analisa a importância do Programa dos Doze Passos para a recuperação de compulsões.
Características
Todos os programas seguem a mesma versão dos 12 passos. Os grupos reunem-se regularmente para discutir seus problemas, compartilhar suas vitórias e apoio mútuo. Uma das características mais amplamente conhecidas do programa é a tradição de, nas reuniões, os membros se apresentarem pelo primeiro nome e admitirem que tem um problema.
Os Doze Passos
Os Doze Passos (para os
Alcoólicos Anônimos) são:
Admitimos que éramos impotentes perante o álcool – que tínhamos perdido o domínio sobre nossas vidas.
Viemos a acreditar que um Poder superior a nós mesmos poderia devolver-nos à sanidade.
Decidimos entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de Deus, na forma em que O concebíamos.
Fizemos minucioso e destemido inventário moral de nós mesmos.
Admitimos perante Deus, perante nós mesmos e perante outro ser humano, a natureza exata de nossas falhas.
Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter.
Humildemente rogamos a Ele que nos livrasse de nossas imperfeições.
Fizemos uma relação de todas as pessoas que tínhamos prejudicado e nos dispusemos a reparar os danos a elas causados.
Fizemos reparações diretas dos danos causados a tais pessoas, sempre que possível, salvo quando fazê-lo significasse prejudicá-las ou a outrem.
Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos prontamente.
Procuramos, através da prece e da meditação, melhorar nosso contato consciente com Deus, na forma em que O concebíamos, rogando apenas o conhecimento de Sua vontade em relação a nós, e forças para realizar essa vontade.
Tendo experimentado um despertar espiritual, graças a esses Passos, procuramos transmitir essa mensagem aos alcóolicos e praticar esses princípios em todas as nossas atividades.

História
O primeiro desses programas foi o
Alcoólicos Anônimos ou simplesmente AA, iniciado em 1935 por William Griffith Wilson e pelo Doutor Bob Smith, conhecidos pelos membros do AA como "Bill W" e "Dr. Bob", em Akron, Ohio, Estados Unidos. Eles criaram a tradição de utilizar apenas o primeiro nome para se identificar nos grupos "anônimos" de Doze Passos. Os 12 passos foram originalmente escritos por Wilson e outros membros no início do AA como modo de codificar o processo que acharam funcionar para eles pessoalmente. Esses 12 passos foram essencialmente uma nova versão dos 6 passos do "grupo de Oxford", um grupo criado pelo missionário cristão Frank Buchman que defendia a crença na orientação divina, sem direta relação com tratamento de vícios (o nome Oxford refere à origem geográfica dos membros, não à Universidade de Oxford), com quem Wilson tinha contato. Wilson então escreveu o livro "Alcoólicos Anônimos", freqüentemente chamado de "Big Book" (grande livro).
Reconhecendo um surpreendente nível de recuperação entre os alcoólatras submetidos ao programa, o grupo de Akron autorizou Wilson a escrever um livro sobre o programa. Mas Wilson retornou a
Nova Iorque e escreveu um programa totalmente diferente baseado no que aprendeu com o Reverendo Samuel M. Shoemaker Jr, reitor da Igreja Episcopal do Calvário em Nova Iorque e um líder do Grupo Oxford nos Estados Unidos.Ás idéias de Shoemaker, que são encontradas quase que literalmente nos Doze Passos, Bill acrescentou em seu "Big Book" (o novo texto básico) idéias sobre alcoolismo do Dr. William D.Silkwork,idéias sobre a necessidade de conversão do Dr. Carl G. Jung, idéias sobre um assim chamado "poder superior" primariamento do Professor William James e escritores do Novo Pensamento...

300 exemplos de guerreiros




Acredita-se, na verdade, que o código licúrgico, tanto no campo político como no campo educacional, resultou de uma gradativa adaptação dos espartanos às circunstâncias crescentemente adversas. Quanto maior era a resistência que se lhes deparava na região onde viviam, na Lacedemônia, conhecida pelas suas sucessivas rebeliões e amotinamentos, mais os espartanos enrijeciam-se, mais militarizada se tornava a maneira deles viverem. Enquanto as demais polis gregas passavam por várias e diversificadas experiências institucionais e por diverso regimes políticos, tais como a oligarquia, a tirania e a democracia, Esparta aferrou-se num sistema de castas militarizadas e disciplinadas, dominado superiormente pelos espartiatas, a quem vedavam qualquer atividade que não fosse exclusivamente as lides castrenses, tendo os periecos como uma classe colaboradora, ajudando-os na ocupação ou fazendo o papel de intermediários entre eles e os servos, e , no escalão bem inferior, os hilotas , os escravos da comunidade. Platão, num certo momento, definiu-a como uma timocracia, isto é, a governação pela coragem.
A Agogê, a educação espartana
Em seu próprio significado, a palavra que os espartanos aplicavam para a educação já dizia tudo: agogê , isto é, “adestramento”, “treinamento”. Viam-na como um recurso para a disciplina dos seus jovens. O objectivo maior era formar soldados educados no rigor para defender a colectividade. Assim sendo , temos que entendê-la como um serviço militar estendido à infância e à adolescência. Sabe-se que a criança até os sete anos de idade era mantida com a mãe, mas a partir dos 8 anos enviavam-na para participar numa espécie de bando que era criado ao ar livre, um tanto que ao deus-dará, onde terminavam padecendo sob um regime de permanente escassez alimentar para que desenvolvessem a astúcia e o engenho para conseguir uma ração suplementar. Adestramento muito similar ao que hoje é feito entre os regimentos especiais de combate contra-insurgente ou dos batalhões da floresta.
Castigos físicos
Admitiam pois o ardil e o roubo como artifícios válidos na formação das suas crianças e dos seus jovens. Descobertos em flagrante, no entanto, ministravam-lhes castigos violentíssimos, sendo submetidos à diamastigosis, às supliciantes provas de flagelação pública .Dos 12 aos 15 anos instruíam-nos nas letras e nos cálculos e, naturalmente, no canto de hinos patrióticos do poeta Tirteu que ressaltavam a bravura e a coragem destemida. Na etapa final, entre os 16 e 20 anos, quando denominados de eirén, um pouco antes de entrarem ao serviço da pátria, eram adestrados nas armas, na luta com lanças e espadas, no arco e flecha. Então aumentavam-lhes a carga dos exercícios e a participação de operações militares simuladas nas montanhas ao redor da polis. Como observou Plutarco, o objectivo era que vivessem “como as abelhas que são sempre parte integrantes da comunidade, sempre juntas ao redor do chefe… parecendo consagradas inteiramente à pátria.” Cultivando a excelência da força física, que fazia com que Esparta quase sempre arrebatasse os louros nos jogos olímpicos, actuavam em bandos liderados por um proteiras, um líder de esquadra, uma espécie de sargento instrutor, que lhes ensinava as táticas da arte da sobrevivência. Nesse momento do agogê, perfilava-se o que Esparta desejava do seu jovem: silencioso, disciplinado , anti-intelectual e anti-individualista, obediente aos superiores, vigoroso, ágil, astuto , imune ao medo, resistente às intempéries e aos ferimentos, odiando qualquer demonstração de covardia, fiel ao esprit de corps e fanaticamente dedicado à cidade.
O culto da coragem
O objectivo final de tudo isto era o de desenvolver exclusivamente a coragem (thimos). O jovem, transformado num soldado, não teria receio de nada que envolvesse as artes militares, as manobras em campos de batalha ou as ameaças dos inimigos da colectividade. A coragem, acima de tudo, era uma obsessão espartana. Consequentemente não apreciavam nenhum tipo de tolerância.

CARPE DIEM


Sobre cristãos e pornografia ...

( ...) Preciso falar sobre a relação entre pornografia e escravidão? Preciso perguntar por que um casal precisa de um filme erótico para alimentar suas fantasias sexuais? Preciso perguntar de quê um coração se alimenta, ao passar horas e horas em sites pornográficos, olhando, consumindo, satisfazendo-se, saciando-se? Preciso perguntar que linguagem de descrição e definição do mundo corre solta nos tele-sexo, nos chats da madrugada, ao ponto de fazer alguém pensar que a tara é normal e que o maníaco do parque é apenas um doente mental? E que isso não tem nada a ver com “principados e potestades”? Preciso perguntar que poderes e senhores estão por trás desses “alimentos da alma”? Preciso perguntar o que estão tentando fazer com as fontes da vida, com o nosso coração? Ainda há alguma dúvida sobre seu poder solerte e capcioso de se fazer adorar? Espero que você esteja entendendo meu argumento disfarçado de perguntas. Se não, tente largar essa Playboy sem oração, sem converter seu coração a um outro senhor! porque se é isso que alimenta sua alma, você vai passar muita fome! Você vai sofrer dores horríveis, provenientes da síndrome de abstinência! Tente largar o site pornográfico sem jejum, sem arrancar o olho que lhe faz pecar; tente controlar sua linguagem capciosa e cheia de duplos sentidos, sem mudar o coração; tente cantarolar um corinho enquanto assiste a um clip erótico! — não podemos servir a dois senhores! Vou mais longe: tente falar de liberdade, de alegria, de paz, de família, de filhos, enquanto segura (ou é segurado por) esse inocente copo de cerveja! Você não está lutando contra a substância álcool; isso é criancice! Você está lutando contra principados e potestades que se infiltram no centro de decisão, no comando superior de sua vida, seu coração, e sabotam sua vontade, para que ela conspire contra tudo o que você mais ama. Jovem, o álcool, quando idolatricamente obedecido, é antimatéria familiar! Seu mentor destrói, hoje, a família que você pretende ter no futuro. Concluindo, e de volta a Efésios: preciso perguntar que estratagemas o diabo está armando para minar sua família — existente ou futura — e a igreja, com os solitários e soturnos “lanchinhos” da madrugada na TV, na Internet, no cinema? Bem, leitor, eu preciso me perguntar, a esta altura, o que alimenta o meu coração. Será “leite e mel” ou ração para cachorro; “bozo” espiritual, que eu vou comer na mão do meu adestrador, nas regiões celestiais? E, impotente, ouvi-lo ordenar: Seat! É tempo de decisão, como propõe o autor de Hebreus. Ouça, Hoje, o que Deus nos propõe, por intermédio de Isaías: Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão: e o vosso suor naquilo que não satisfaz? Ouvi-me atentamente, comei o que é bom, e vos deleitareis com finos manjares. Inclinai os vossos ouvidos, e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei uma aliança perpétua, que consiste nas fiéis misericórdias prometidas a Davi. (Is 55:2,3) Você pode estar se dizendo: por que dirigir uma mensagem dessas a crentes? muitos dos quais pastores ou líderes em suas igrejas? E eu me lembro de uma propaganda que lia no bonde, quando criança. Um texto complicado, que eu só vim a entender depois de grande. Dizia assim: “Veja, ilustre passageiro, que belo tipo faceiro se senta ao seu lado. No entanto, acredite, quase morreu de bronquite, salvou-o o rum creosotado”. Você olha para o lado e não imagina o que está passando seu irmão. Ele também não faz idéia de suas dores e fraquezas. Nunca sabemos bem a quem nos dirigimos, quando apresentamos uma mensagem tão pouco usual. Mas Deus sabe. Tenha ele misericórdia de nós, indistintamente. Em especial, do mais necessitado de todos: eu.
Texto de Rubem Amorese disponível em